10 de março de 2016
Antes de falar sobre a cidade, vou falar como eu cheguei lá. Estávamos em Adelaide, capital da South Australia, e do nada lembrei que Bells Beach ficava no estado de Victoria também. Nosso plano anteriormente era ir pra Melbourne e, graças à essa lembrança miraculosa ele falhou.
A cidade, que hospeda a praia, faz parte do circuito mundial de surf. E lá, em Torquay, que eu queria morar.
Saindo da capital da Austrália Meridional pegamos uma estrada que o grande destaque era o número de borboletas. Tinha muita borboleta mesmo. Teve uma que entrou pelo motor e do nada apareceu dentro do carro para compartilhar a viagem com a gente até a Great Ocean Road.
Passamos por Lorne e mais uma horinha tínhamos chegado em Bells.
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Bottleshop, Robert Nesta e a barraca tava armada.
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Chegou a hora de conhecer a praia do sino. Procurando onda desde Margaret, sem surfar há uns 10 dias… Já nervoso e ansioso pensava:
- Será que vai ter onda? Será que vai ter gente?
Sim e sim. Nem pensava mais em tubarão, botei o wetsuit e fui surfar.
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Bells tinha duas cabeças. Winkipop dez. Bells as ondas pareciam demorar mais, Winkipop era constante.
Fiquei com a segunda. A onda é tipo Sunzal, só que com mais parede. Pra entrar é meio chato. Tem pedra pra caralho e é bem raso.
Fora isso é só diversão. O crowd é bem tranquilo e a direita é bem extensa. Se pegar a boa, que não é a exceção, você vai embora.
Dois dias de surf e tava renovado. A cidade é foda. Pista de skate tinha. Pouca gente tinha. IGA, Woolworths e Coles também tinha. Surf tinha pra todos os gostos. Corrida, natação, pesca, vela, SUP e outros esportes tinha. O que não tinha era crowd.
Às vezes, parece que as cidades aqui são tipo SimCity 2000. Tudo funciona em perfeita harmonia. Ninguém grita, ninguém ouve funk no radinho, tem espaço, não tem trânsito, não tem buzina, tem vaga, tem banheiro público, tem grama, tem bbq, não tem metralhadora e nem água oxigenada.
Enquanto isso no Arpex…